Acredito que sou a projeção da formação e educação que tive.

Sei que sou parte de tudo aquilo que encontrei.

Rever cada peça é para mim como ver um álbum de acontecimentos e que me lembra a responsabilidade como docente ao participar na formação de cada aluno.

2017

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Agostinha. Sim, gosto do nome. É português!

Nasci em meio rural, a 8 de dezembro de 1989, em Paredes, onde criei raízes das quais, até hoje, não me consegui separar.

Embora existam projetos que precisam de ser desenvolvidos noutros espaços é no sótão de casa, naquela terra, onde consigo criar.

Nunca tive talento para as artes, talvez por ingenuidade optei por esse caminho aos 13 anos, o que se repetiu aos 17, com o ingresso na Faculdade. Nada do que fiz até hoje me fez sentir artista, todos os projetos não são mais que a Agostinha. Através deles, poder-se-á se ler a educação que tive, a minha infância, o meu caminho, a minha forma de ver, de ser e de estar, as tradições do meu País, etc. É arte? Não sei. O que é arte? Apenas expresso o que sou e no que acredito.

Entre o ensino e a produção artística, o motivo é sempre o mesmo: receber, partilhar e perpetuar a nossa herança cultural.

Todo o meu trabalho é feito em Portugal e para ele! É uma investigação pessoal, uma procura pelo que nos identifica enquanto povo.

Só depende de nós, portugueses, formarmos portugueses tal como nos formaram. É nas escolas e em casa que se muda esta sociedade.

Portugal precisa arregaçar as mangas e ouvir: “vamos ao trabalho!”. Cada um traça o seu rumo e ainda vamos a tempo de tomar as rédeas do nosso.

2012